O Pólo de Desenvolvimento Industrial de Viana (PDIV) reuniu nesta terça feira, 22, cerca de 70 mulheres que ouviram atentamente das oradoras que actuam em diversas áreas do sector industrial o seu percurso, oportunidades e desafios. Uma das oradoras principais foi Maria Filomena de Oliveira, directora do Instituto de Desenvolvimento Industrial e Inovação Tecnológica de Angola (IDIIA).

Na palestra subordinada ao tema “A Mulher na Indústria – Oportunidades e Desafios”, em alusão ao Março Mulher, Maria Filomena de Oliveira, exaltou a grande representatividade feminina no sector industrial, incentivou as mulheres a acreditarem que são capazes de realizarem os seus sonhos, desde que apostem na formação no sentido de estarem capacitadas. Realçando que são fundamentais no desenvolvimento do país, por isso devem estar cada vez mais unidas.

“Todas as mulheres devem ser solidárias, de uma forma geral, enquanto mães da Nação temos esta responsabilidade de nos apoiarmos uma as outras, transformarmos a sociedade angolana muito mais justa e próspera”, assinalou, observando que “o agronegócio, a indústria e a inovação tecnológica continua sendo uma das grandes áreas de oportunidade e desafio para a mulher em Angola.”

Na ocasião, o presidente do Conselho de Administração do PDIV, Miguel Luís, fez saber que várias mulheres estão empenhadas no Pólo industrial de Viana. “As amostras indicam que há uma representatividade bastante equilibrada que nos permite afirmar que a mulher aos poucos vai assumindo o seu papel e espaço a nível do mercado de emprego.”

A engenheira mecânica, Luísa Fernando, especialista em manutenção da Fabrimetal, indústria localizada no PDIV, deu o seu testemunho às demais mulheres presentes. Explicou que a princípio não foi fácil se impor diante de muitos homens, contudo conseguiu contornar se empenhando fortemente. “O que define um bom trabalhador não é o gênero, é a habilidade e competência”, fez saber.

“Não me deixo levar pelo medo. Não foi fácil me concentrar na soldadura, fui me dedicando mais, dizendo-me insistentemente que posso fazer.  Por meio da dedicação consegui, hoje trabalho como soldadura”, contou.