Angola tem condições para se tornar uma potência no sector da transformação e processamento de pescado, afirmou, esta segunda-feira, 05 de julho, no município de Viana, em Luanda, o ministro da Indústria e Comércio.

Victor Fernandes, que falava numa cerimónia de inauguração da Atlântico Foods Limitada, uma fábrica de transformação e processamento de pescado, no Pólo Industrial de Viana, garantiu que “o caminho está a ser feito para que o país tenha mais unidades” fabris do género.

“A nossa economia do mar é uma das mais importantes do mundo”, afirmou o ministro da Indústria e Comércio, acentuando que “países como o nosso, que têm uma costa tão  grande e uma  variedade  de  produtos primários, têm que ter instrumentos  para agregar valor à cadeia  do pescado”.

O titular da pasta da Indústria e Comércio reconheceu que Angola ainda não dispõe de uma indústria transformadora capaz de garantir a auto-suficiência.

Relativamente à fábrica inaugurada esta segunda-feira, o ministro referiu que “todo o investimento estruturado para a cadeia de valor do pescado é extremamente importante”, manifestando esperança em que a unidade fabril esteja concentrada, numa primeira fase, na distribuição interna.

Na ocasião, o ministro Victor Fernandes reafirmou o apoio institucional do departamento ministerial que dirige aos investidores e garantiu que o apoio é extensivo a todos os promotores interessados em investir no sector industrial.

Por sua vez, o ministro da Agricultura e Pescas, António Francisco de Assis, felicitou os promotores da iniciativa empresarial, sublinhando que se trata de um investimento de que o sector precisa.

A emissão e obtenção de licença para a pesca é um procedimento que precisa de ser melhorado, defendeu o ministro da Agricultura e Pescas, que disse estar a pesca semi-industrial  e industrial, praticada no  país, a ser feita por embarcações da União Europeia, da China, da Rússia e de outros países que se associam a empresas   angolanas.

António Francisco de Assis deu ênfase ao facto de a pesca artesanal ser ainda a maior fonte de consumo de peixe pela população angolana.

Já o administrador da Atlântico Foods, António Cartaxo, disse que a fábrica, que emprega 40 trabalhadores e é a décima do género em Angola, foi criada para que o país deixe de importar pescado transformado.

A fábrica tem capacidade de produzir, mensalmente, entre 70 e 100 toneladas de pescado e de armazenamento a frio de 1250 metros cúbicos, encontrando-se numa área de mil metros quadrados, no Pólo de Desenvolvimento Industrial de Viana.