Numa altura em que o Executivo incentiva a produção nacional para diversificação da economia, a Zeepack instalada no Pólo Industrial de Viana desde Maio de 2017, tem condições de fornecer a todos produtores embalagens primárias e secundárias, quer sejam caixas de cartão ou embalagem flexível para contacto alimentar.

A Zeepack que diversificou a sua actividade em 2020 – 2021 na área de embalagem para contacto alimentar, fornece a todas as indústrias embaladoras nacionais inseridas nos mais variados sectores, a destacar o de alimentação, agricultura, pesca, bebidas, artigos de higiene e limpeza.

A fábrica de 20.000 m2 de área coberta, investe fortemente em tecnologia de última geração para fornecer a melhor embalagem, produzida dentro dos padrões internacionais, utilizando as melhores matérias-primas. Tem capacidade de produzir 30 mil toneladas por ano de cartão canelado e 10 mil toneladas por ano na área de embalagem flexível, de acordo com o director-geral, Carlos Alves.

“É importante perceber que nos dias de hoje em Angola já se faz embalagens primárias e secundárias sem necessidade de se importar,” faz saber o responsável, mostrando-se avesso a importação de embalagens pelo facto de não gerar emprego, contribuir através de impostos e ser concorrência desleal diante da produção interna.

Com o objectivo de garantir 70% da matéria-prima e reduzir grandemente a importação de matéria-prima, a fábrica está a concluir uma unidade de reciclagem de papel no Kikuxi. No entanto, espera criar parceria com as entidades governamentais no sentido de se criarem pontos de recolha de papéis.

“Isso ajudaria limpar Luanda, abastecia-nos de matéria-prima para fazermos produto made in Angola,” explica Carlos Alves, fazendo saber que aumentará para o dobro os números de 100 funcionários.

O desafio da Zeepack é evoluir para novos processos industriais de reciclagem, aproveitando todo o conhecimento adquirido na área do papel e plástico, podendo migrar para reciclagem de pet (utilizada no engarrafamento de água e bebidas carbonatadas). A iniciativa não se efectivou ainda por falta de clarificação de política governamental e financiamento aplicável.

O responsável espera obter apoio do Estado porque se trata de um projecto que requer grande investimento e acima de tudo é de sustentabilidade ambiental.